TRABALHAR, TRABALHAR, TRABALHAR… SEM PARAR
Nos dias que correm, bem sabemos, que quem tem um emprego é um privilegiado, quem tem um emprego vê-se obrigado a estima-lo, porque um emprego é um bem raro nos dias de hoje.
A taxa de desemprego não pára de crescer, o número de inscritos no centro de emprego aumenta todos os dias. Um emprego é um bem de difícil alcance e todos nós estamos sujeitos a que um dia o desemprego venha bater à nossa porta.
A palavra desemprego anda nas bocas do mundo e vivemos diariamente com o drama do desemprego, esse drama que os media tão bem nos fazem questão de lembrar todos os dias.
O drama do desemprego assola a realidade de milhares e por isso, mais do que nunca, quem tem um emprego estima-o.
O QUE ESTAMOS DISPOSTOS A FAZER PARA PRESERVAR O EMPREGO?
Com o drama do desemprego, aqueles que têm a sorte de serem cidadãos com emprego estimam-no e acabam por viver a um ritmo frenético porque dedicam cada vez mais tempo aos seus empregos para não falharem e para não perderem o tão precioso emprego.
Hoje em dia, vivemos a correr e vivemos em função dos nossos empregos, e há sinais que podem indiciar de que estamos a viver para o trabalho e a sacrificar a nossa vida pelo trabalho.
1 – DISPONIBILIDADE TOTAL
Uma característica típica da pessoa que “vive para trabalhar” é a incapacidade de desligar.
É usual estarmos ligados à internet até à hora de dormir mesmo que já não estejamos no emprego. Somos capazes de abdicar do jantar para responder a uma chamada do nosso chefe. Deitamo-nos a pensar no trabalho do dia seguinte e a pensar no que teremos que fazer.
2- STRESS E ANSIEDADE
O stress do trabalho, a obsessão com a preservação do emprego não deixa que as pessoas desliguem dos problemas e os momentos pessoais acabam por não ser verdadeiros.
3 – DEIXAR DE PRATICAR DESPORTO
A obsessão pelo emprego, a total disponibilidade para assuntos do trabalho durante 24 horas por dia, a primeira coisa que acabamos por adiar é a disponibilidade para a prática de desporto.
Mais facilmente adiamos uma ida ao ginásio ou uma caminhada do que um trabalho que surge à ultima da hora.
4- QUANDO OS LIVROS PASSAM A SER MERO ELEMENTOS DECORATIVOS LÁ EM CASA
Quando o emprego se torna uma obsessão, os livros passam a ser elementos decorativos e ficam parados na estante meses a fio. Porque abdicamos dos momentos de leitura para nos dedicarmos a pensar nos problemas do emprego.
A vontade de ler e o gosto pela leitura são deixados para segundo plano dado o cansaço provocado pela rotina exaustiva.
5 – PERDA DE QUALIDADE DOS RELACIONAMENTOS
Isolamento é uma palavra forte, mas é algo bem “presente” quando temos o nosso tempo mal distribuído.
Quando nos recusamos a ir lanchar com os amigos, quando nos recusamos a ir tomar café depois de jantar com o vizinho amigo. Quando deixamos de marcar presença em jantares e festas de aniversário.
Estes são alguns dos sinais de que estamos a dar demasiada atenção ao emprego, são sinais de que estamos demasiado obcecados com o emprego e com tudo aquilo ao que ao emprego diz respeito.