O que é um conteúdo jornalístico de qualidade é um tema abordado no site Blogmidia8. A diferença é clara entre aquilo que é considerado informação séria, como política e economia, da menos séria como entretenimento e outra irrelevante respeitante a eventos sociais e de celebridades. Esta diferença é, pois, o resultado de directrizes ditadas por modelos de sociedade, baseados na televisão e no jornal, que classificam e categorizam conteúdos.
Um país sério e justo define-se (também) pela orientação de cada cidadão para este ou para aquele conteúdo jornalístico?
A educação está, de facto, na base da construção de um país. Será o pensamento crítico, e aí entra a análise do conteúdo jornalístico, o factor determinante na evolução das sociedades. Mas caberá na definição de um país sério e justo a mera focagem em assuntos que têm directamente que ver com a mudança do rumo da nação? Então e o resto?
Vivemos em uma era de produção em massa de conteúdos jornalísticos – mas serão todos de qualidade? Com a internet (quase) globalmente acessível e disponível todo o cidadão pode procurar mais e mais conhecimento. Mas até que ponto os conteúdos digitais contribuem para o conteúdo jornalístico de qualidade?
Dizem ser o jornalismo o pilar básico para uma sociedade democrática e para um Estado de direito. No entanto, o conteúdo jornalístico reveste-se de interesse consoante o público que o escolhe e o consome. E mais nada.
Massa crítica não tem que ver necessariamente com oferta de informação, até porque existem conteúdos duvidosos…
Em boa verdade a qualidade e a credibilidade não se medem pela oferta de informação – nem a massa crítica se mede pela quantidade de leitores. O que faz com que o conteúdo jornalístico seja credível e bom?
A internet arrastou, sem dúvida alguma, para o jornalismo, uma contribuição imensamente singular: a de sair da zona de conforto. Deixou de existir, através da internet enquanto recurso e ferramenta, aquela linha entre o que era o jornalismo e o que será em um futuro próximo.
Também a informação deixou de ter a barreira que separa o conteúdo jornalístico de qualidade do inqualificável – simplesmente porque é cada cidadão, cada leitor, que a define.
Depois, há ainda que perceber que na era digital os conteúdos jornalísticos têm de ser diferentes consoante os utilizadores de diferentes tecnologias. Como é que os jornalistas reagem à revolução móvel foi um tema interessante debatido durante o 13º Simpósio Internacional de Jornalismo Digital (ISOJ).
O ISOJ é organizado, desde 1999, por Rosental C. Alves, professor catedrático Knight de Jornalismo, catedrático Unesco de Comunicação e director do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, na Universidade do Texas em Austin.
Este é um evento anual que se realiza com o apoio da Fundação Knight, da Fundação Scripps Howard, das Fundações Open Society e do Dallas Morning News.