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Não há paradoxo: há música verde, aos molhos, na era digital

RADIO | 8 de October, 2019

LEITURA | 3 MIN

Na era digital a música também dá para comer

É música verde, veja a notícia, não há engano, não há paradoxo na era digital da videomusicalidade: saia já do computador e vá, vá ao frigorífico buscar umas pencas e umas cenouras, legumes aos molhos, que eu levo alho francês e abóbora para fazermos um concerto saudável. Verdade.

Chama-se orquestra vegetal, nasceu em Viena, e os músicos substituem violinos e trompas por legumes frescos e coloridos. São catorze músicos que decidiram extrair sons dos vegetais, harmonizá-los, e fazerem melodias com as hortaliças orgânicas que são compradas imediatamente antes dos concertos por forma a assegurarem uma verdadeira frescura auditiva. Fazem música verde. Verde e fresca. Não acredita?

Música Verde, legume a legume

música verde - vegetaisComo é que uma cenoura se faz flauta? Com furos, tudo muito bem esburacado, assim como o pepino ou o pimentão- o segredo está nos buracos nos sítios certos. Já as baterias fazem-se de abóboras com varetas de cenouras, tão simples.

E se nunca pensou no alho francês senão para dar gosto ao caldo, faça uma pausa para o romance porque eles também são violinos. Maravilha de mixórdia. Agora toque beringelas, quero dizer castanholas, e aproveite as cascas da cebola para fazer chocalhos. Nunca tinha pensado nisso, pois não?

Nem eu. Mas consigo bem imaginar e até ouvir os trompetes de pimentão, ah que doçura!, misturados com mais chocalhos e, desta vez, de feijão. Bravo!

Fica também a saber que nos intervalos dos concertos da música verde não se pode esquecer as bacias cheiinhas de água, à moda do Natal, instrumentos de molho – uma espécie de afinação -, para não ficarem ressequidos devido à iluminação. 

E afinal que tipo de música verde é esta?

Não há cá monotonia com esta orquestra vegetal, talvez também pela variedade de profissões dos músicos que integram a banda, trata-se de um estilo alternativo: a música verde varia desde free-jazz, tónica na improvisação; noise, no desconforto e irritação; house music, na batida 4/4; electro, na distorção electrónica; à música, curta e simples, pop. E sabe que mais? no final dos espectáculos, prazer absolutamente sustentável, aproveita-se tudo – tanto o que já se degustou como o que vai ainda a degustar: todos os instrumentos são cozidos no panelão gigante para resultar em uma sopa maravilhosa a consolar o público, uma festa que começa no fim da festa.

Fantástica e inusitada esta abordagem à música por este conjunto de pessoas criativas e saudáveis: como se além da alma também a música desse, e dá, a música verde (parem um pouco para verem e ouvirem – cá está o pseudo-paradoxo da era digital que é misturar videomusicalidade com hortinhas, grelos, pimentos, nabiças e tomates), para alimentar o corpo.

olinda de freitas

Bio

Produtora de conteúdos textuais freelancer. Com paixão e alhos.

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