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A importância da rádio na revolução de Abril de 1974

A importância da rádio na revolução de Abril de 1974

RADIO | 30 de Abril, 2019 | Revisto a 7 de Agosto, 2019

LEITURA | 4 MIN

A rádio apresenta uma vasta história, pois a primeira emissão radiofónica foi transmitida em 1906, nos Estados Unidos. Desde sempre que teve um lugar de destaque na informação e comunicação. Em 1974 este meio ainda se encontrava em difusão no nosso país, mas foi crucial para o êxito que o 25 de Abril alcançou.

A RTP – Rádio e Televisão de Portugal – era a única estação televisiva existente no nosso país, mas a maior parte dos portugueses ainda não possuíam uma televisão nas suas residências. A sua melhor companhia era a rádio, onde passavam programas de entretenimento, músicas e notícias. E foi precisamente a Rádio Clube Português que informou os portugueses do que estava a acontecer naquela manhã primaveril, do dia 25 de Abril de 1974.

Lisboa acordara com uma revolução militar, que pôs fim ao regime ditatorial que se vivenciava desde 1933, com o Estado Novo.

O papel da rádio no golpe militar

No dia 24 de Abril, pouco antes das 23 horas, a Emissora Nacional transmitiu a canção “E Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho.

O início do golpe de estado deu-se à primeira hora do dia 25 de Abril, quando a rádio Renascença transmitiu a canção “Grândola, Vila Morena”, de José Afonso. Esta estava proibida de passar nas rádios, porque fazia alusão ao comunismo.

A Rádio Clube Português foi transformada no posto de comando do “Movimento das Forças Armadas” e ficou conhecida como a “Emissora da Liberdade”.

Foi através da rádio que a população ficou a saber do que se estava a passar na capital portuguesa e a música de José Afonso colocou um ponto final na ditadura que se vivia em Portugal.

A rádio como meio de informação e difusão

Lisboa acordara invadida por militares dos vários regimentos da cidade, mas também de Santarém e Torres Vedras. Na Rádio Clube Português ninguém dormiu e às primeiras horas da manhã o jornalista Joaquim Furtado lê um comunicado, onde apela para que as pessoas mantenham a calma e permaneçam nas suas residências.

Ao longo de toda a manhã, as emissoras portuguesas noticiaram que Lisboa estava invadida por militares e pediram aos cidadãos para não entrarem em confronto com estes, afim de, evitar situações desnecessárias.

Através das emissoras, o povo ficou a saber que além das rádios, a RTP e o aeroporto de Lisboa tinham sido ocupados. Estava em preparação um cerco para o Quartel do Carmo, onde se presumia estar Marcelo Caetano.

Os objetivos da revolução eram claros: derrubar o regime, libertar os presos políticos, pôr fim às guerras coloniais e passar a existir eleições livres. Tudo isto sem se derramar uma gota de sangue.

Papel da rádio na era pós 25 de Abril

Depois da revolução que mudou a história do nosso país, as emissoras de rádio passaram a ser livres. A ditadura havia chegado ao fim e nos dias que se seguiram ouvia-se constantemente a canção “Grândola, Vila Morena”. A mesma era considerada um ataque ao governo, por isso, estava proibida.

Surgiram programas de rádio, os noticiários davam conta do que se passava no país, sem medo de represálias e a rádio, enfim, conseguia cumprir o seu objetivo: informar, informar e informar.

A revolução colocou fim à ditadura e a nação alcançou a tão esperada liberdade de expressão.

Ana Rita Amante Leal

Ana Rita Amante Leal

Bio

Licenciada em jornalismo, sempre foi apaixonada pela escrita. Com 24 anos, teve a sua primeira experiência em redacção no ano de 2012, quando realizou um estágio no jornal Correio da Manhã. Seguiu-se o jornal O Setubalense e uma colaboração como freelancer para a revista Her Ideal. Com a colaboração na 2write consegue alcança um dos seus grandes objectivos: trabalhar a partir de casa.

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