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Jacques Aumont e, a estética do filme, o raccord

Jacques Aumont e, a estética do filme, o raccord

CINEMA | 5 de Novembro, 2018 | Revisto a 3 de Agosto, 2019

LEITURA | 3 MIN

A continuidade do filme - o raccordO que é o raccord?

Quando Jacques Aumont, em A Estética do Filme fala no raccord, fala no que seria propriamente a construção de uma ligação formal entre dois planos sucessivos e também na ideia de continuidade representativa que provoca um efeito de ligação ou até mesmo de disjunção – um caso particular, este último, o falso raccord, caracterizando-o a falta de continuidade de uma acção, ou facto apresentado, uma ruptura no tempo e ou espaço.

Figuras concretas da montagem

Ao abordar o que chama de figuras concretas da montagem, fazendo do raccord uma delas, Jacques Aumont (1995) lembra que a tentativa de organizar regras estruturais para a montagem de filmes é imensamente antiga.

Cada escolha feita, ou seja, o modo como as figuras da montagem são postas no filme, causará diversos efeitos distintos, sugerindo o raccord sobre um gesto – a articulação em dois planos de uma mesma acção, com o seu início em um quadro e o seu fecho no quadro seguinte: dois dentro do mesmo espaço como que compondo exactamente um mesmo movimento que escapasse de um quadro e entrasse no outro.

Jacques Aumont propõe, através deste exemplo, quatro possibilidades de efeito causado a partir da sua elaboração:

  • o efeito sintáctico de ligação ou a ilusão de continuidade de movimento;
  • o efeito semântico (narrativo) ou a noção, de tempo dentro do filme, alheia à realidade temporal;
  • o efeito conotativo – sentido, para além do colocado nos planos, que depende da distância entre os enquadramentos ou da natureza do gesto;
  • o efeito rítmico – o corte entre os planos.

Raccord de movimento

A ideia de subdividir as possibilidades de raccords, através de secções baseadas em características, teve a sua origem no que se chama de linguagem clássica cinematográfica – uma tentativa de formalizar as diversas possibilidades de se conseguir o efeito de continuidade e homogeneidade no discurso do filme.

Variâncias de raccord

Além do raccord no gesto, Jacques Aumont aborda outros tipos de raccord propostos pelo cinema de linguagem clássica:

  • o raccord sobre um olhar – o plano e o contraplano, o olhar sobre o olhar: mostrar, no primeiro plano, uma personagem a olhar numa direcção e, respeitando o sentido desse olhar, apresenta-se outra personagem que olha para a primeira, ou mesmo para um objecto, representando aquilo que a personagem do primeiro plano vê;
  • o raccord de movimento – pressupõe a manutenção da velocidade aparente e direcção da acção entre dois planos;
  • o raccord no eixo – dois momentos que se sucedem e que podem ter entre si uma leve elipse temporal em dois planos distintos, diferenciados apenas pelo distanciamento entre a câmara e o objecto – mostrando que é essencial, para a manutenção da ilusão de continuidade e ocultamento do corte, a utilização da regra dos 30° que obriga a que essa distância angular mínima se ponha entre o primeiro e o segundo posicionamento da câmara e evitando-se, assim, o efeito conhecido como “salto”.
olinda de freitas

olinda de freitas

Bio

Produtora de conteúdos textuais freelancer. Com paixão e alhos.

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Comments

  1. roberto says

    10 de Março de 2015 at 23:34

    Só para registrar, a imagem ao lado do título do artigo não é de película cinematográfica e sim de still.

    Responder

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