Quinze países, vinte e três línguas
Os gauleses Astérix e Obélix decidiram aparecer, finalmente!, e andar por terras escocesas pela primeira vez sem Albert Uderzo. Passaram, oito anos, sim: oito anos, até conseguirmos ter aventuras novas em vinte e três línguas – incluindo a portuguesa – e em quinze países. Boas notícias.
As aventuras da 35ª história do Astérix e Obélix ficaram a cargo de Jean-Yves Ferri e de Didier Conrad (os desenhos) – uma mudança nas assinaturas neste Astérix entre os Pictos (LeYa/ASA).
Tudo no segredo dos gauleses
Isso mesmo: esteve tudo no segredo absoluto até ao lançamento destas novas aventuras.
Tudo o que se conhecia era o título, a capa do livro nas suas várias versões e algumas, mesmo poucas, passagens da história de aventuras de Astérix e Obélix.
Filas, resmas de gente para comprar o novo livro que nem a imprensa terá tido acesso mais cedo. Negócio é negócio.
Calma: antes da história, um tributo a Albert Uderzo
Albert Uderzo já não faz as narrativas de Astérix e Obélix que começou a contar, em aventuras, em 1959. Com 86 anos deve andar cansado – mas não o suficiente para ter aquela palavra de consolo, aquela que efectivamente consola: “Felicito Jean-Yves Ferri e Didier Conrad por terem tido a coragem e o talento de realizar este álbum de Astérix.
Graças a eles, a aldeia gaulesa criada por mim e pelo meu amigo René pode continuar a viver novas aventuras, para deleite dos seus leitores.” Um querido.
As aventuras da nova história de Astérix e Obélix
O que, ou melhor, quem são os pictos afinal? São homens pintados, designação romana, habitantes da antiga Escócia, guerreiros bem temidos com inúmeros clãs. E será entre os pictos que o pequeno gaulês e o grande amigo, Astérix e Obélix, vivem aventuras e descobertas inesquecíveis.
E a Escócia, porquê a Escócia? A explicação parte da nova dupla: pela riqueza histórica, pela abundância de tradições – além do mais, Astérix e Obélix nunca lá estiveram e a Escócia merecia as suas aventuras.
Imitação e tal
Há alguma piada em escrever e desenhar como se fosse o outro sem serem o outro? Pois, às tantas os fãs de Astérix e Obélix amam o original e é dele que querem aventuras, o que obriga os novos assinantes das aventuras a seguirem uma linha de perfeita imitação. Um pastiche consciente e consentido e apreciado, digamos antes assim.
“Entrámos no universo do Astérix, respeitando a sua essência”. As palavras são de Conrad, que espera conseguir levar este livro à idade dourada da colecção – as últimas aventuras já foram criticadas por não surpreenderem.
E em Portugal, como vai ser?
Em Portugal, temos muitos encontros com Astérix e Obélix. Ora veja:
- a ASA a organizar uma digressão dos gauleses Astérix e Obélix ao Festival de BD da Amadora (25 e 27 de Outubro, 9 e 10 de Novembro);
- A dupla vai igualmente à FNAC no Centro Comercial Colombo (26 de Outubro);
- FNAC e Continente do CascaisShopping (27 de Outubro);
- Continentes de Guimarães e Matosinhos (2 de Novembro);
- na FNAC do GaiaShopping e no Continente de Coimbra (3 de Novembro);
- Continente de Loures (9 de Novembro);
- no Continente de Oeiras e na FNAC Vasco da Gama (10 de Novembro).
Apresentação oficial do livro no Porto
É verdade, queridos fãs das aventuras de Astérix e Obélix, a apresentação oficial do livro acontece já no sábado que vem a caminho, dia 26 de Abril, às 17h, na FNAC de Santa Catarina, no Porto, com o jornalista Pedro Cleto, especializado em banda desenhada.
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