A audimetria no consumo televisivo é uma espécie de termómetro utilizado para aferir as audiências. Conhecer o público, com o objectivo de fidelizá-lo é, portanto, o objectivo das estratégias de programação das estações de televisão através de estudos das audiências.
É possível distinguir duas vertentes no âmbito da dimensão ideológica da programação e do conceito de neotelevisão:
- o resultado da programação da televisão, em termos de oferta, assim como a pesquisa de como os programadores tentam assegurar o seu público;
- partindo do público, efectuar a procura daquilo que deve ser a folha de programação e quais as emissões a produzir.
Mas o que é, então, a programação?
A programação como uma arte de encontro entre o público e as emissões, no contexto da audimetria no consumo televisivo, parece ser uma definição excelente.
Conhecer o público, e as suas reacções, para uma televisão centrada na oferta ou na procura, tornou-se absolutamente essencial. E é nesta perspectiva que a audimetria no consumo televisivo constitui um elemento imprescindível para as televisões comerciais em geral e para as portuguesas em particular.
Bem visto, aferir as audiências é responder à questão: quantas pessoas viram ou tiveram contacto com determinado canal e ou programa?
Saiba que o share é uma das técnicas da audimetria no consumo televisivo que mede a dimensão das audiências, em um determinado período, em termos percentuais.
As audiências e a Publicidade
No espaço publicitário o perfil das audiências é bastante importante, uma vez que os anunciantes têm públicos-alvo para os seus produtos. O que acontece é que levando em consideração o perfil das audiências de cada canal – e o respectivo cruzamento de indicadores como sexo, idade e classe social, com os diferentes períodos horários, consegue-se chegar aos diferentes públicos.
Na audimetria no consumo televisivo o indicador disponibilidade para ver televisão explica-se pelo facto de as audiências disponíveis nem sempre conseguirem, de facto, ver televisão. Explico: se estiverem, por exemplo, em lides domésticas como aspirar ou em conversas com os amigos ou a estudar estas audiências não conseguem ver televisão – há uma incompatibilidade.
Mas também é uma realidade que as audiências da televisão variam durante o dia e em diferentes períodos!
Na verdade, a economia do audiovisual está alicerçada maioritariamente nas receitas publicitárias – logo o funcionamento estrutural da televisão comercial está organizada de acordo com o que assegura a sua viabilidade económica enquanto empresa de comunicação social: a publicidade.
O público é sempre uma mercadoria nas mãos da programação. Esta última quer fidelizá-lo enquanto consumidor de programas e de publicidade. E quanto mais audiências tem um canal de televisão, daí também a importância da audimetria no consumo televisivo, mais a publicidade investe.
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