A comunicação social está a dar, cada vez mais, destaque ao vírus do Ébola – uma epidemia que alimenta os rumores mais loucos, de acordo com o site LeMonde, sobre a origem e transmissão da infecção e também sobre os estragos que pode causar.
O que é o vírus Ébola e como se transmite? E não, não existe vacina…
Também designado febre hemorrágica Ébola (FHE), o vírus Ébola é uma doença de humanos e outros primatas cujos sintomas começam entre dois dias a três semanas depois de se adquirir o vírus: febre, dor de garganta, dores musculares e dores de cabeça – é o início.
Depois vêm os vómitos, a diarreia e as erupções – juntamente com a diminuição do funcionamento do fígado e dos rins. A esta altura, as pessoas infectadas estão em um estado que podem começar a sangrar tanto por dentro como por fora.
A transmissão do vírus do Ébola pode ocorrer em contacto com sangue ou fluidos corporais de um animal infectado. A prevenção inclui a diminuição da propagação a partir de animais infectados com os seres humanos – conforme a comunicação social tem vindo a alertar.
Lamentavelmente não existe ainda um tratamento específico para a doença. O vírus foi identificado pela primeira vez em 1976 e desde essa altura até ao ano passado a Organização Mundial de Saúde registou um total de 1 716 casos. A partir de meados de agosto de 2014, mesmo agora, há cerca de 2 127 casos suspeitos – resultando na morte de, aproximadamente, 1 145. Não, ainda não existe vacina…
Comunicação social alerta para a epidemia: controlar o pânico e estimular a prevenção é preciso
O vírus do Ébola tem sido alvo de atenção na comunicação social que destaca a intervenção do Secretário-Geral das Nações Unidas: há que evitar o pânico e os equívocos que possam surgir. É preciso que se adoptem medidas preventivas simples como as de desinfecção e as de segurança.
Este pressuposto é consistente com o histórico de todas as epidemias: há que adquirir uma cultura de risco fundamentado. Se abordamos o surgimento de novas doenças infecciosas, independentemente das medidas humanitárias que as grandes epidemias exigem, três níveis de acção parecem importantes: o desenvolvimento de pesquisa e assistir em patógenos emergentes, praticar políticas públicas de coordenação e diplomacia da saúde e ainda uma exigência de informação, comunicação e educação adequada às epidemias.
Recentemente um estudo está a tentar aferir se será ético os profissionais de saúde utilizarem tratamentos experimentais em seres humanos. A grande maioria diria que não. No entanto, tratando-se do Ébola, a resposta é um pouco mais complicada de dar. O Professor da Universidade de Louisville, Mark Rothstein, está a abordar as implicações éticas do uso da droga ZMapp e quem deve fazê-lo. Está também a discutir outras questões éticas como a quarentena e o isolamento, as restrições de viagem e alocação de recursos.
Mais informações sobre esta questão, que não estão disponíveis na comunicação social podem ser obtidas através deste email.
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