Mais de 85% dos professores passaram na prova de avaliação, apesar de cerca de 1500 terem reprovado. Estes são dados facultados pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) e noticiados pelo site Visão.
Esta foi uma prova de avaliação que pretendeu avaliar a capacidade de raciocínio lógico e crítico, bem como a capacidade de comunicação correcta em língua portuguesa dos professores.
Com a realização marcada por protestos e uma greve de professores vigilantes do quadro, esta prova de avaliação é contestada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), a maior estrutura sindical afecta à CGTP, que a considera humilhante para os docentes.
Professores passaram na prova de avaliação e ficam com acesso à carreira docente de professores contratados com menos de cinco anos de serviço
Mais de 85% dos professores que realizaram a prova de avaliação passaram no exame – mas também há professores que reprovaram. Foram 8 747 docentes que tiveram nota positiva, o correspondente a 85,6% do total de candidatos com provas classificadas em um universo de 10 220 provas realizadas.
O Instituto de Avaliação Educativa forneceu ainda dados que permitem apurar que 1 473 docentes reprovaram nesta prova, que permite o acesso à carreira docente de professores contratados, com menos de cinco anos de serviço.
As provas terão sido classificadas em uma escala de 0 a 100 pontos e só ficaram aprovados no exame os professores que tiveram nota igual ou superior a 50% da cotação total em uma média de 63.3 pontos – conforme indicações do Instituto de Avaliação Educativa.
Médias para isto, médias para aquilo: em que falharam, afinal, os professores?
Uma média de 63,3 pontos, numa escala de zero a 100, como já foi referido, e 62,8% dos professores a cometerem pelo menos um erro ortográfico quando lhes foi pedido que produzissem um texto. Terão sido estas duas conclusões que se triaram dos resultados da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidade (PACC) – resultados divulgados pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC).
Na parte de resposta extensa pediu-se aos professores que escrevessem um texto “com um número de palavras compreendido entre 250 e 350″. O que aconteceu? Apenas 37,2% dos docentes não o fizeram com erros e em cerca de 30% das respostas registaram-se um a dois erros. Igualmente, 14,8% dos docentes cometeram cinco ou mais lapsos de ortografia.
Mas o que são considerados erros, vamos lá a saber, é ter a antiga – que é para já a única – ortografia como calamidade?
No que concerne a erros de pontuação, a percentagem é mais reduzida: apenas 33,4% dos professores concluíram este item sem qualquer lapso. A sintaxe foi o parâmetro que registou o melhor desempenho, e quase metade (47,1%) dos docentes terminaram a resposta sem erros. Tudo de acordo com informação sobre os professores que passaram na prova de avaliação disponibilizada pelo Ministério da Educação e Ciência.
Entre as classificações positivas, isto é, iguais ou superiores a 50 pontos, uma percentagem dos professores (24,7%) teve uma cotação entre os 70 e os 79 pontos. Dos 60 aos 69 pontos ficaram 22,6%. Foram cerca de 22% os que atingiram uma classificação igual ou superior a 80 pontos e, desses, 4,2% alcançaram um resultado entre os 90 e os 100 pontos.