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Língua Afiada

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Formações profissionais: por desejo ou imposição?

17 de Maio de 2020 by Alda Castro Leave a Comment

Quem trabalha por conta de outrem sabe que, de tempos a tempos, lá se realizam algumas formações profissionais que, segundo a entidade profissional, visam enriquecer o currículo dos colaboradores, desenvolver as suas competências e conquistar novas ferramentas de trabalho. No entanto, estas formações nem sempre são encaradas da melhor forma, sendo muitas vezes vistas como verdadeiras perdas de tempo.

Isto acontece sobretudo quando as formações são propostas (ou impostas) pela própria entidade patronal, ganhando contornos obviamente distintos quando são os próprios colaboradores a solicitar formações em áreas que sentem ser importantes para o seu desenvolvimento pessoal e profissional. É, por isso, essencial que se mudem os padrões emocionais com que se encara este investimento que, não sendo baixo, permite um efetivo desenvolvimento de todos os colaboradores – mesmo quando as formações profissionais são realizadas em áreas que, à primeira vista, parecem ser fora do setor profissional de referência.

Qual é a importância das formações profissionais?

formações profissionaisÉ importante, antes de mais, perceber que as formações profissionais têm um propósito e uma metodologia bastante distintos do ensino convencional. Focadas no desenvolvimento de três competências essenciais (saber-saber, saber-ser e saber-fazer), as formações profissionais recorrem a uma nova tendência de ensino que se distingue da pedagogia tradicional: a andragogia, que defende a aprendizagem através do recurso a experiências pessoais. Ou seja, pretende-se que, independentemente da área formativa, se consiga ativar nos formandos um sistema de aprendizagem que é feito com recurso a métodos puramente psicológicos, que lhes vão facilitar a retenção de informações tidas como essenciais para o seu desenvolvimento pessoal e/ou profissional.

Sendo realizadas por profissionais com formação na área ministrada e com certificação para o desempenho desta função, as formações profissionais são uma das mais eficazes formas de garantir o desenvolvimento de novas competências, tanto a nível técnico como comportamental – competências essas que, muitas vezes, não são adquiridas no percurso académico tradicional.

Existem muitas empresas que, ao implementar um plano de desenvolvimento individual para os seus recursos humanos, permitem que os colaboradores, em parceria com as suas chefias, detetem as suas maiores fragilidades e definam um plano de formação profissional em linha com as suas necessidades de melhoramento. No entanto, e apesar de esta ser a linha estratégica ideal, esta situação não se encontra patente em muitos negócios que, não desenvolvendo este tipo de ferramentas, pode encontrar alguma dificuldade acrescida em sintonizar as formações definidas com as necessidades reais de cada colaborador. 

Quantas formações devem ser realizadas por ano?

Não existe um número de horas ideal para cada pessoa, variando a quantidade de formações profissionais de uma série de fatores: os interesses e as necessidades individuais e, obviamente, o budget disponível para o efeito. Obviamente que existe a orientação do Quadro de Referência Estratégico Nacional (Qren), que indica as 35 horas de formação anual por colaborador, mas são bastantes as empresas que ultrapassam largamente esta barreira, reconhecendo a importância que as formações profissionais têm para o desenvolvimento dos seus colaboradores e, consequentemente, para o aumento da produtividade negocial.

A par com a formação garantida pelas empresas, são também cada vez mais as pessoas que, a título individual, procuram formações profissionais que lhes garantam um desenvolvimento de competências que possam não so enriquecer os seus currículos, mas também aumentar as possibilidades de empregabilidade ou de crescimento profissional.

O importante é que, ao decidir realizar formações profissionais, se procure por cursos ou workshops que permitam colmatar eventuais défices técnicos ou comportamentais, sendo essencial comprovar sempre a idoneidade da entidade formadora, bem como a credibilidade e a experiência do formador.

Mas tão importante quanto isso é ainda a recetividade na aprendizagem. Entrar numa sala de formação é uma oportunidade única para crescer como pessoa e profissional, partilhando experiências, absorvendo novas orientações e aprendendo técnicas e ferramentas que poderão ser de grande utilidade futura.

Filed Under: OUTROS Tagged With: Competência, educação, empresas de formação, ensino pratico, formação, formação certificada, formação financiada, formação para empresas, formação prática, fulcro

Português, tão bonito mas tão mal tratado!

4 de Agosto de 2019 by Cristina Montenegro Leave a Comment

português

Português, português, português, vamos fala-lo bem?

O português pode ser um cidadão mas também pode ser um idioma. Um idioma de milhões, que nasceu há milhares de anos.

Português, a língua de Camões, de Pessoa, de Eça de Queirós!

Português é fado, é Amália Rodrigues, e é também José Luís Peixoto!

Português é Europa, é América do Sul, é África mas é também Ásia!

Português é uma língua do mundo, falado por milhões que quiseram apropriar este nosso idioma nascido no nosso Portugal.

Português já foi Camões mas evoluiu com o passar dos tempos, e hoje o português são neologismos, mas é também a riqueza dos arcaísmos.

O português é um dos idiomas mais antigos, que está na génese de muitos outros idiomas que também vieram beber ao português.

Português é um idioma com um léxico muito rico, com milhões de palavras mas é também um idioma que, nos últimos anos, tem vindo a ser muito mal tratado e que cada vez mais mal se escreve.

São as conjugações verbais, são as concordâncias, são as especificidades das nossa língua que cada vez mais são ignorados e pisados.

Em bom português, é bonito!

Com a chegada das sms, com a chegada da internet e das redes sociais, assistimos a um fenómeno preocupante – cada vez se lê menos, cada vez mais o livro fica esquecido nas prateleiras, cada vez mais o livro é substituído pelo ipad, pelo telemóvel, pela internet. Hoje em dia, a companhia das grandes viagens, das filas de espera nos hospitais são os telemóveis e os ipads e os computadores, o livro já não é mais a companhia para os momentos de espera.

Estamos em plena Era tecnológica, bem sei e reconheço-lhe imensas potencialidades e reconheço as ajudas que trouxe mas as novas tecnologias proporcionam o empobrecimento da língua, traz um empobrecimento lexical.

As pessoas cada vez leem menos, as pessoas cada vez escrevem menos e quando o fazem, fazem-no dando pontapés na gramática e no nosso português.

A título de exemplo:

1. Com a chegada dos sms e das redes sociais, os “s” e os “ch” foram trocados pelos “x”. É prática comum vermos escrito “Como te Xamas?” (em vez de “chamas”, esta sim a forma correcta), “Hoje eu poXo” (em vez de “Hoje eu posso”)!

2. A letra “k”, que nunca fora uma letra usada no nosso português ganhou lugar de destaque e hoje em dia vemos escritas palavras com essa letra que quase não é nossa, a título de exemplo: Keres; O kê?; Kuando; Komo.

3. Para além da introdução de novas letras na nossa caligrafia, hoje em dia também assistimos a um fenómeno que era típico do português que se fala no Brasil, mas que chegou ao nosso português de Camões e refiro-me ao fenómeno de eliminar os prefixos das palavras, como por exemplo, muitas são as vezes que vemos escrito e ouvimos dizer “tão, ao invés de EStão, tá ao invés de Está”

Mas muitos outros exemplos de pontapés na gramática existem, práticas recorrentes e que serão para sempre uma batalha perdida por todos os que tentam preservar a língua de Camões.

4. Mais um exemplo, são milhões de vezes aquelas em que vemos escrito palavras com o sufixo “mos” separado do verbo principal. Aposto que sabem do que falo, quantas vezes já vimos escrito preciosidades como “ama-mos; come-mos; vi-mos; corre-mos;”. Será esta uma regra difícil de explicar? Será assim tão complexo fazer as pessoas entender que o sufixo “MOS” NUNCA se separa das palavras, não interessa qual o verbo em questão, interessa apenas deixar claro que o “MOS” NUNCA se separa. Mais fácil é impossível, não tem excepções!

5. E quantas vezes vemos erros gramaticais como estes:

“Ontem lavas-te o carro?”, quando o que queria dizer era “Ontem lavaste o carro?”

“Comeste tudo?” e muitas vezes se escreve “Comes-te tudo?”

“Viajas-te para onde?”, quando o que se quer dizer na realidade é “Viajaste para onde?”

Os exemplos são ás centenas, os pontapés na gramática são prática comum e são sobretudo praticados pelas novas gerações. Não será esta uma questão preocupante? Não será esta uma questão de reflexão importante? A questão fica no ar.

Vamos aprender a não errar!

O jornal Expresso preocupado com os pontapés na gramática, decidiu fazer uma resenha dos erros mais comuns e deixa uma ajudinha para todos aqueles que sabem que não sabem falar português correctamente, mas que querem sabe-lo fazer correctamente.

O Expresso publicou um artigo que pode ser uma ajuda extraordinária, que eu passo a citar:

português1. EM BAIXO ou ABAIXO

Erro: Vou lá em baixo

Correto: Vou lá abaixo

Explicação: Abaixo refere-se a uma localização, enquanto em baixo se usa para falar de uma posição relativa.

2. ONDE ou AONDE

Erro: Não sei aonde fica a sala do chefe

Correto: Não sei onde fica a sala do chefe

Explicação: A forma mais fácil de evitar este erro é pensar que só pode usar “aonde” em substituição de “para onde”. Por exemplo, “aonde vais amanhã” está correto, mas “aonde deixaste as minhas chaves” é um erro crasso.

3. À ou HÁ

Erro: Terminei o curso à dois meses

Correto: Terminei o curso há dois meses

Explicação: Este é um erro que só se nota na escrita, mas é grave. Para indicar um tempo passado usa-se o verbo haver

4. HAVER ou A VER

Erro: Esse assunto não tem a haver comigo

Correto: Esse assunto não tem a ver comigo

Explicação: Ter a haver é sinónimo de “ter a receber”, enquanto ter a ver significa “dizer respeito a…” Se emprestou dinheiro a alguém que ainda não lhe pagou, pode dizer que ainda “tem a haver esse dinheiro”, por exemplo.

5. IR DE ENCONTRO A ou IR AO ENCONTRO DE

Erro: Isso vai de encontro à minha proposta

Correto: Isso vai ao encontro da minha proposta

Explicação: Estas expressões são completamente opostas. No primeiro caso a ideia é o contrário da minha proposta, enquanto na segunda situação está absolutamente de acordo com ela.

6. COMPRIMENTO ou CUMPRIMENTO

Erro: Com os meus comprimentos

Correto: Com os meus cumprimentos

Explicação: É um erro muito comum, mas comprimento está relacionado com tamanho e não com saudações ou realizações. O que está correto é dizer o comprimento da sala, o cumprimento de prazos e enviar os cumprimentos a alguém.

7. DESCRIMINAR ou DISCRIMINAR

Erro: Descrimine os produtos na nota de encomenda

Correto: Discrimine os produtos na nota de encomenda

Explicação: Descriminar é absolver, é declarar alguém inocente, enquanto discriminar significa distinguir, diferenciar.

8. AUFERIR ou AFERIR

Erro: No final do dia, o empregado deve auferir se os valores da caixa conferem com as vendas feitas

Correto: No final do dia, o empregado deve aferir se os valores da caixa conferem com as vendas feitas

Explicação: Estes dois verbos têm significados diferentes. Aferir é conferir, calcular, avaliar. E auferir é ter, obter, ganhar. Exemplo: no novo emprego ele vai auferir um bom ordenado.

9. QUAISQUERES ou QUAISQUER

Erro: Quaisqueres informações é comigo

Correto: Quaisquer informações é comigo

Explicação: A palavra quaisqueres não existe. O plural de qualquer é quaisquer.

10. DESCRIÇÃO ou DISCRIÇÃO

Erro: Ele age com descrição

Correto: Ele age com discrição

Explicação: Descrição é o ato de descrever alguma coisa, por exemplo, ele fez a descrição da situação. Já discrição significa discreto.

11. EM MÃOS ou EM MÃO

Erro: O envelope deve ser entregue em mãos

Correto: O envelope deve ser entregue em mão

Explicação: Assim como não se diz que alguém “está de pés”, também não está correto dizer “em mãos”. Daí a abreviatura P.M.P, que significa Por Mão Própria.

12. NA MINHA OPINIÃO PESSOAL ou NA MINHA OPINIÃO

Erro: Na minha opinião pessoal deves candidatar-te ao mestrado

Correto: Na minha opinião deves candidatar-te ao mestrado

Explicação: A sua opinião já é uma opinião própria, não precisa de repetir essa ideia.

13. HÁ CINCO ANOS ATRÁS ou HÁ CINCO ANOS

Erro: Há cinco anos atrás ainda estava no secundário

Correto: Há cinco anos ainda estava no secundário

Explicação: É redundante usar “há” e “atrás” na mesma frase, porque o verbo haver já se refere a tempo.

14. SENÃO ou SE NÃO

Erro: Senão consegue entregar o relatório no prazo, avise

Correto: Se não consegue entregar o relatório no prazo, avise

Explicação: Para transmitir a ideia de não conseguir fazer o relatório, o correto é o segundo exemplo. Senão quando escrito numa só palavra tem muitos significados, mas não este.

15. FAZEM AGORA DOIS ANOS ou FAZ AGORA DOIS ANOS

Erro: Fazem agora dois anos que entrei nesta empresa

Correto: Faz agora dois anos que entrei nesta empresa

Explicação: O verbo fazer quando se refere a tempo é impessoal e deve conjugar-se na terceira pessoa do singular.

 

Agora que já conhecem alguns dos erros mais comuns, vamos falar português correcto e preservar a língua de Camões?

Vamos fazer um esforço para falarmos português cada vez melhor sem pontapés na gramática!

Basta querer!

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