Quais?
- na intracomunicação, explicada pela Psicologia, a pessoa conversa com si mesma;
- a comunicação interpessoal proporciona-se por um diálogo entre duas pessoas;
- a comunicação grupal ocorre quando há interacção entre mais de duas pessoas (é o exemplo de uma palestra ou de uma conferência de imprensa);
- a comunicação de massa, que é exercida através de veículos de comunicação.
Como definir, então, a comunicação de massa?
A comunicação de massa teve origem na urbanização massiva que foi ocorrendo ao longo do século XIX e graças à segunda Revolução Industrial. Perante este fenómeno, começou a haver uma dificuldade – ou até mesmo um impedimento – de comunicação directa entre as pessoas, o que passou a depender de intermediários.
E quem são os intermediários? Jornalistas que procuram, tratam e divulgam a informação e as tecnologias que passaram a distribuir a tal informação.
Estará aqui o cerne da questão do que é a comunicação de massa?
Será a internet um meio de comunicação de massa?
Há quem considere que a comunicação de massa opera apenas em um sentido – o sentido emissor – não havendo retorno imediato do receptor, como será o caso da rádio, dos jornais tradicionais e da televisão que – possibilitando a interactividade – não chegam aos calcanhares daquilo que é estar em rede.
Outras definições de comunicação de massa incluem a pluralidade de indivíduos receptores no processo comunicacional. Mas como definir massa? Quem é a massa? Importará a quantidade de indivíduos destinatários da mensagem ou antes a disponibilidade da mensagem para um número não facilmente determinável de indivíduos?
Em outra perspectiva, alguns autores divergem completamente da ideia de que, em teoria hipodérmica, os indivíduos não são massa. Isto quer simplesmente dizer que somos todos diferentes e activos, ou seja, não estamos passivamente expostos aos meios de comunicação.
A comunicação de massa
está, portanto, bastante ligada a certos tipos de media, nomeadamente aos jornais de grande circulação, à televisão e rádio. No entanto, os cenários digitais vieram acrescentar algo novo: a flexibilidade da comunicação e da informação.
Na internet os utilizadores não são apenas consumidores de informação: são também autores. Aqui há a possibilidade de interactividade instantânea. E não é este papel o oposto ao de um meio de comunicação de massa?
Em uma perspectiva mais tradicional e clássica o público receptor sempre foi anónimo em si mesmo e para o emissor e, quando muito, realizavam-se relatórios de pesquisas de audiências. Mas e agora?
A verdade é que é a tecnologia, nas suas novas formas de procurar, armazenar e transmitir informação, que lidera e dita a comunicação de massa.
Indiscutivelmente tudo é diferente na era digital – inclusive a comunicação de massa!
Dúvidas, muitas dúvidas
Será que as novas tecnologias estão adequadas à definição de meios de comunicação de massa? A teoria da comunicação de massa relacionada com os meios digitais indica elementos de mudanças de paradigma no processo comunicacional. As questões que colocam a Internet como veículo de comunicação de massa no centro das dúvidas são muitas: nem toda a gente tem acesso à rede, ou seja, existem ainda muitos excluídos digitais!
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